Perfil dos Alunos
A Escola Municipal Paulino Inácio Rosa é uma escola inclusiva desde o ano de 2001, valorizando a diversidade humana em seus diferentes aspectos.
Durante esse período temos caminhado com muita dificuldade, visto que, a maioria dos alunos possuem laudo, mas não o acompanhamento médico, e embora a Declaração de Salamanca, 1994 que trata da Educação Inclusiva ampare esses alunos, antes nossos professores aprendiam a li dá com os mesmos buscando auxílio em leituras (jornais, artigos de revistas, internet e outros), que focalizavam a deficiência que esse aluno possuía. Hoje, com o apoio da Secretaria Municipal da Educação, especificamente a coordenadora da Inclusão, responsável pela orientação aos professores/pais, tivemos um salto qualitativo, nossos professores sentem-se seguros e amparados.
Nossa escola atende ao turno matutino alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental de nove anos, em sua maioria oriundos da parte central do município, sendo que apresentam relativa qualidade de vida, ou seja, apresentam uma renda familiar satisfatória, bem como na maioria dos alunos, um boa estrutura familiar.
Já no turno vespertino a quantidade de alunos do centro com relação à zona rural é bastante equilibrada. Nesse turno são atendidas crianças do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental de 9 anos, vale lembrar que a maioria das crianças com necessidades especiais estão nesse turno. Com relação ao poder aquisitivo das famílias nota-se que são mais carentes em relação ao turno matutino, porém, as famílias são mais compromissadas com a aprendizagem de seus filhos.
O turno noturno é totalmente incomum aos demais, pois trata-se de uma parceria com o Projeto SESI/Educação do Trabalhador, onde atendemos os alunos do 1º e 2º segmento (2º ao 9º ano) do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Grande parte dessa clientela, são trabalhadores braçais, desempregados, donas de casa, dentre outros. Uma pequena parte é constituída de adolescentes , que além de apresentarem problemas típicos da idade, não tem interesse nos estudos, fator que é evidenciado pela evasão escolar, e que é agravado pelo excesso da jornada de trabalho.
Contudo, a escola tem procurado realizar um trabalho diferenciado em cada turno, buscando atender a diversidade de nossos alunos numa perspectiva inclusiva, promovendo um ensino de qualidade.
Estrutura de Organização, Gestão e Avaliação Educacional
O processo avaliativo tem como principal objetivo valorizar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos da aprendizagem.
Sendo assim, este processo envolve três momentos, os quais devem se fazer de maneira coletiva: a descrição, a problematização da realidade escolar, a compreensão da realidade descrita e a proposição de alternativas de ação.
Para tanto, realizamos vários tipos de avaliações que venham privilegiar a diversidade dos alunos. Porém, mesmo com o advento das novas teorias e práticas pedagógicas, realizamos, ainda, avaliações objetivas, subjetivas / provas / pesquisas / relatórios / entrevistas, procurando detectar nos alunos o que eles apreenderam de forma mais consistente.
Outro fator relevante é o processo de recuperação paralela, onde há aplicação de atividades paralelas com o objetivo de recuperar as notas dos alunos que não atingiram a média 6,0. E, justamente com esse trabalho, é realizado na primeira fase do Ensino Fundamental um trabalho diário de reforço escolar de leitura objetivando melhorar a leitura e interpretação de textos, pois, um bom leitor tem maior facilidade na compreensão dos conteúdos das outras disciplinas. Em relação a segunda fase o reforço não acontece de forma sistemática, pois não temos este professor no turno, quando é possível a professora Telma dos Reis trabalha com os alunos leitura, escrita, interpretação, produção de textos..., e as quatro operações. E, em outros momentos o próprio professor da sala aplica suas atividades e orienta os alunos da melhor forma possível.
Temos, também, uma coleta de dados bimestralmente, objetivando levantar o índice de desempenho nas diferentes turmas (ano / ano) e disciplinas. Essa coleta de dados sistematizada ampliam a visão dos aspectos qualitativos / quantitativos e com isso os professores podem fazer freqüentemente uma reflexão sobre a própria prática, buscando um melhor desempenho dos alunos e dos próprios professores.
Neste sentido é de suma importância que os pais estejam envolvidos no processo educativo, auxiliando seus filhos nas atividades escolares, freqüentado a escola nos dias solicitados, participando de reuniões, conselhos de classe, entrega de notas do bimestre...
A avaliação do ponto de vista crítico não pode ser instrumento de exclusão dos alunos provenientes das classes trabalhadoras. Ao observar a clientela da escola, percebe-se que a maioria dos alunos vem de famílias cujo pais possuem pouca instrução escolar , sem hábito de leitura de livros, jornais, revistas e outros. Por outro lado, a realidade educacional do nosso país traz um quadro de alunos muito heterogêneo, de tal modo que nem sempre vê-se o aluno com base suficiente para aprender os conteúdos do ano em que está matriculado.
Quando um professor avalia um aluno, ele tem como parâmetro não só a capacidade geral dos alunos, mas principalmente de vê se orientar por um programa curricular mínimo exigido para sua disciplina, além de levar em conta as habilidades que o educando possui.
Nesse sentido a avaliação tem que ter esse papel de diagnosticar os processos e as dificuldades do aluno, para apontar alternativas de ações.
Para atender os interesses acima expostos, resume-se que a avaliação deverá ser:
• Contínua: através de avanços e recuos, observando-se as dificuldades e as possibilidades de recuperação dos alunos que deverá acontecer ao longo do ano e não somente após o término do bimestre;
• Dinâmica: utilizando diferentes instrumentos de aprendizagem (letras de músicas, documentários, cantinho de leitura, produção de texto individual e coletiva, passeios, entrevistas, filmes...);
• Investigadora: levantando e mapeando dados para auxiliar o aluno no processo ensino-aprendizagem e oferecendo subsídios para o próprio professor refletir sobre sua prática pedagógica;
• Participativa: oportunizando a integração da comunidade local;
• Mediadora: a partir da inferência do professor nas atividades propostas, orais e escritas, que o aluno desenvolve no seu processo de construção de conhecimento;
• Somatória: cada atividade avaliada terá um valor, que somado chegará a 10 pontos.